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Pais obesos têm filhos obesos?

Pais obesos têm filhos obesos?

Publicado a 28/08/2019

Hoje já é conhecida a relação que existe entre a obesidade dos pais e a obesidade dos filhos. Efectivamente podemos responsabilizar os pais por esse determinismo genéctico, porque antes de pensar em ter filhos pode efectivamente reverter o processo, é o que que nos diz um estudo desenvolvido pela Universidade de Copenhaga e pelo Instituto de Karolinksa de Estocolmo. A alimentação que se tem em casa, desde sempre, vai influenciar em grande medida a composição corporal. Mas há algo a fazer antes de se ter filhos.

Os hábitos alimentares do pai vão influenciar os filhos?

Se tivermos bons hábitos alimentares, antes de termos filhos, vamos poder prevenir a tendência para o excesso de peso e obesidade. Um grupo de investigadores Suecos e Dinamarqueses chegaram à conclusão de que os pais podem transmitir os genes que controlam e regulam o apetite. Este fenómeno tem como nome herança lamarckiana. Na verdade, é possível reverter esta tendência antes de se ser pai, basta para isso mudar os comportamentos à mesa e ingerir alimentos saudáveis e ter atenção ao peso, pois o peso corporal é o factor que determina a condição genéctica. Após uma longa investigação, os cientistas concluíram que os pais gordos vão influenciar por via da genética a regulação do controlo do apetite e a composição corporal dos seus descendentes. Pais gordos vão ter filhos gordos e são geneticamente responsáveis por isso.

Só a futura mãe é que deve ter cuidados com o bebé?

Existe uma pressão normal sobre a mulher que engravida no sentido de ter múltiplos cuidados com a alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e hábitos tabágicos, contudo os pais também devem ter esses cuidados antes de planearem ter filhos.

E os hábitos das crianças à mesa?

Crianças, nutrição, comida, saúde. É simples, se os pais têm maus hábitos e têm uma dieta descompensada, rica em gorduras saturadas, açúcares e ingestão calórica excessiva, os filhos naturalmente também vão reproduzir essa condição. É sabido, há muito tempo, que as crianças com obesidade têm o dobro das células gordas das crianças saudáveis. Esta condição vai ser determinante para toda a vida, pois o número das células gordas depois de ser aumentado, permanece até ao fim da vida. Estas crianças quando chegarem à vida adulta e queiram aderir a um programa de emagrecimento vão poder emagrecer sim, mas vão ter sempre o dobro das células gordas de uma pessoa saudável. O que irá acontecer é que essas células gordas vão poder diminuir o seu tamanho sim, porém o número das mesmas não vai diminuir nunca mais.

Pão, queijo e marmelada no fim da refeição?

Existem hábitos com muitos anos em que no fim de uma refeição completa ainda se remata com pão, queijo e/ou marmelada. Em Portugal estes hábitos são muito comuns no norte, no Alentejo, mas também no ribatejo. No caso do Alentejo existe um hábito secular, que é o pão. Se formos pensar no século passado onde existia muita pobreza e fome nos campos alentejanos. O que as pessoas tinham para comer era pão, quando tinham o que comer. Esse pão era adornado com as ervas aromáticas e deu origem a diversos pratos típicos. A criatividade do povo alentejano transformava o pão seco que se tornava em verdadeiros petiscos como as migas de espargos, por exemplo. As diversas maneiras de comer pão foram aparecendo para colmatar a necessidade de dar sabores ao pão e diversificar os “pratos”. Este hábito perpetuou-se no tempo e ainda hoje, o pão que é um hidrato de carbono, está presente à mesa em refeições que já têm presentes os hidratos de carbono. A consequência desta situação é que facilmente são ultrapassadas as necessidades de hidratos de carbono e como é sabido o que é ingerido a mais fica no organismo, convertendo-se em gordura corporal. Outro aspecto que decorre do século passado é precisamente a preocupação que as pessoas tinham em estarem bem alimentadas. Uma criança “redondinha” é considerada saudável pelas bitolas mais antigas, visto que é sinal de ausência da tal fome que durante séculos amedrontava muitas famílias. As nossas avós super-bem intencionadas gostam de alimentar muito bem as crianças, contudo, esse excesso de alimentos com a diminuição da actividade física dos tempos actuais colocou muitas crianças numa situação de excesso de peso. Há bastante tempo que os investigadores temiam que era possível contrariar a tal herança genética falada anteriormente. Em 2005 concluiu-se então que o peso é o factor determinante para a transmissão genética da tendência para o excesso de peso e obesidade, por via da regulação do apetite. Em fases como as que vivemos em aparente abundancia, como a fase actual, onde existem muitos alimentos disponíveis, existe tendência para se comer mais. Concluímos com uma chamada de atenção para os alimentos baratos como as bolachas, hambúrgueres, doces e comidas processadas de uma forma geral. Estes alimentos são de longe mais baratos quando comparados com alimentos saudáveis como arroz integral, legumes, frutas e peixe fresco de mar. Então, nesse sentido é urgente que a sociedade crie consciência para a origem dos alimentos e não basta estarmos alimentados, devemos fazer boas escolhas. Devemos olhar para a alimentação como um investimento e não como uma despesa. As boas escolhas vão determinar a nossa saúde.
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