Se o objectivo é a redução de gordura, o ideal é trabalhar primeiro a força e só depois a componente cardiovascular.
Naturalmente que deve ter em conta a alimentação e a hidratação porque um treino de força realizado com método e afinco seguido de um treino cardiovascular exige muito do corpo, nesse sentido sugerimos que se mantenha hidratado e bem nutrido.
Hoje existe muita informação espalhada pela internet a fora, mas também existe muita desinformação. Efectivamente se formos, por exemplo, realizar uma corrida de 30 minutos, seguida de trabalho de força, as nossas reservas energécticas irão estar em baixo e não nos vão permitir treinar no limite das nossas forças relativamente ao treino de hipertrofia. Se realizarmos primeiro o trabalho de força e depois formos fazer o treino cardiovascular, não vamos sentir a sensação de quebra de capacidade.
Primeiro o trabalho de força, só depois o cardio.
O treino de força para que seja consequente deve ser feito no limite das nossas capacidades, ou seja até à falha. Para se dar o desejado anabolismo (construção muscular) é necessário que ocorra o catabolismo (“destruição das fibras musculares”). Portanto com o treino de força realizamos microlesões das fibras musculares que são reparadas após o treino, em virtude dessa dinâmica ocorre a hipertrofia do músculo.
No caso do trabalho cardiovascular, quando o objectivo é queimar gordura não precisamos de estar em intensidades muito altas.
Posto isto, é perfeitamente possível fazer um bom treino de força, seguido de um treino cardiovascular com bons resultados em termos de queima de gordura.

Falando em frequência cardíaca, o treino de musculação nunca poderá ser um treino aérobio, porque o coração não permanece na zona aeróbia, pode pontualmente entrar nessa zona, mas será muito difícil a sua manutenção, a menos que se faça sem pausas, alternando sempre os grupos musculares, o que pressupõe uma condição física bastante consistente.
O treino cardiovascular envolve sempre 2/3 da massa muscular e é contínuo, o que leva à elevação da frequência cardíaca e à sua manutenção, recrutando assim uma maior quantidade de energia para produção de trabalho.
O que as teorias clássicas da Fisiologia do Esforço nos dizem é que são necessários 30 minutos de treino para começarmos a utilizar as gorduras como substrato energéctico, nesse sentido para cumprir o objectivo da desejada queima de gordura sugerimos que seja feito o treino de força primeiro e só depois o treino cardiovascular.
Existe outra possibilidade, um treino misto.
Os chamados treinos de alta intensidade que cruzam o trabalho de força com o trabalho cardiovascular são treinos bastante interessantes em termos energécticos. Neste caso os exercícios de força não têm o tempo de recuperação que é característico dos treinos de musculação. Essa alternância de exercícios de força com os exercícios cardiovasculares cumprem muito bem os objectivos de queima de gordura e o objectivo de tonificação. Aqui devemos referir que a hipertrofia depende muito da capacidade física do praticante. Existem atletas capazes de realizar o trabalho de força como de trabalho cardiovascular se tratasse.
Naturalmente estas ideias só podem produzir resultados se houver regularidade e intensidade suficiente. Treinar uma a duas vezes por semana, perfazendo o total de duas horas é positivo mas não é suficiente para atingir resultados.
Algumas dicas para atingir resultados:
1 – Enquanto treina largue o telemóvel
2 – Prepare-se para treinar (refeição pré-treino e hidratação)
3 – Não descanse demasiado entre as séries (20 segundos não são 2 minutos)
4 – Treine entre segunda a domingo 4 horas, todas as semanas